O município de Pedra Branca do Amapari, localizado no interior estado do Amapá, foi palco de uma tragédia. Na madrugada da última quarta-feira (04/12/13) o estudante de Ciências Contábeis, Djalma Tadeu Oliveira Santos, 27 anos, cometeu suicídio. E em sua última postagem em uma rede social ele atribuiu seu ato a humilhação que foi submetido no aplicativo Lulu.
O aplicativo Lulu permite que mulheres avaliem a performance masculina na intimidade com notas e hashtags (adjetivos indexadores). O estudante foi alvo de uma prática de bullying por colegas da universidade que pediram para que as colegas de curso atribuíssem notas ruins em seu perfil e colocassem hastags humilhantes, como por exemplo: #PintoPequeno #SohPensaNele #SemHigiene #AchoQueEhGay
Djalma Tadeu tirou a própria vida por meio de um tiro na boca. Os pais ao ouvirem o disparo correram para o quarto do filho e se depararam com uma cena trágica e impactante. O computador do estudante estava ligado e exibia a última postagem que possuía tom de despedida: “Se eu fui tão ruim para vocês ofereço como indenização a minha morte. Vocês venceram…”.
A família estuda a possibilidade de processar o aplicativo Lulu, o Facebook e os colegas de turma que orquestraram o bullying. Jonas Bertoldo Siqueira, advogado da família da vítima, disse a reportagem que “o ocorrido foi um linchamento moral público que está diretamente relacionado com o óbito do jovem. Todos os cúmplices deste assassinato vão pagar caro por isso. Dos coleguinhas de turma a Mark Zuckerberg”.